segunda-feira, 21 de maio de 2018

Chega de verificar o arquivo chamado passado

 Chega um dia em que percebemos que é preciso rasgar aquelas cartas recebidas e/ou até aquelas que redigimos e nunca tivemos coragem de entregar, cobrir com o corretivo o nome do (a) ex nos nossos cadernos e agendas, apagar o histórico de conversas nas redes sociais e excluir as fotos que estão juntos, as fotos enviadas ou as que salvamos para contemplar de vez em quando. É fácil desapegar? Não! de forma alguma. Quando há tantos sentimentos afáveis e que remetem boas lembranças e até uma certa esperança de retorno o processo é mais cruel, mais doloroso.

 Segundo a psicanálise somos hedonistas: valorizamos o prazer e evitamos o sofrimento a qualquer custo. Em questão de término, alguns terminam um relacionamento quando encontram outra pessoa ou situação que satisfaça mais, enquanto outros preferem não lidar com o fato de que o relacionamento terminou, que a outra pessoa resolveu dar uma rasteira e que o sentimento não era recíproco. E quando não há reciprocidade, nenhuma oração ou amarração amorosa traz o (a) ex de volta quem dirás manter uma caixa debaixo da cama ou dentro do armário chamada "arquivos do (a) meu ex". Ok, confesso que exagerei. 
Guardar lembranças é um jeito de evitar o desprazer de lidar com o término.  Só que superar um relacionamento não é apenas esquecer a pessoa e sim desapegar realmente. Remoer memórias do passado ou criar expectativas falsas só cria mais dor quando o relacionamento termina. 



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