sexta-feira, 25 de maio de 2018

Quando a pressa me atrasa

Penso sempre em me antecipar em falar o que me incomoda, em fazer o que quero, em viver intensa. Só que o problema é que penso demais, me perco em meus pensamentos, em meus dilemas, em meus porquês e para quês. Tenho pressa em ser feliz, tenho pressa em buscar um sentido para tudo que me acontece, tenho pressa em receber e oferecer respostas. Confesso que minha maior pressa consiste em ter sucesso e atingir meus objetivos. Essa pressa, as vezes me impulsiona a seguir em frente, e em outras vezes me paralisa e me atrasa. Apesar de entender que devo deixar os eventos seguirem seu fluxo natural, me pego agindo da mesma forma: repetindo os mesmos hábitos, querendo tudo pra já.

 Percebo que essa pressa atrasa a minha vida, mais do que adianta. Essa pressa é inimiga da gratidão e dos sentimentos singelos, ela evoca sentimentos de angústia e desprazer. Eu sei que devo meditar, acreditar mais em mim e não me cobrar tanto, devo sossegar porque a recompensa tarda mais não falha: o momento certo de falar chegará, farei o que for preciso e conquistarei o que quero. As respostas chegarão pois o tempo revela todas as respostas. E eu pretendo ler um dia essa publicação e ver que estava certa em pensar assim.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Gratidão e plena atenção

Para sentir gratidão, é preciso estar consciente do que você está vivenciando, experimentando e sentindo. Pensamos muito, o tempo todo. Nossos pensamentos nos levam para longe, fazendo-nos esquecer o que estamos vivendo aqui e agora. Que possamos reservar sempre um momento para fazer uma pausa e dirigirmos nossa consciência não para os nossos pensamentos, mas para as nossas sensações. Que voltemos ao presente, nos atentando plenamente. Vivendo o presente conectando as sensações. Há tanto a experimentar quando vivemos o presente, abraçamos o espaço entre nossos pensamentos e ficamos atentos a nossas sensações! Quando estiver comendo, apenas comer, em vez de pensar em outra coisa... Quando estiver andando, apenas andar, em vez de pensar em outra coisa... Quando estiver dirigindo, apenas dirigir, em vez de pensar em outra coisa... Porque é um privilégio poder comer, andar, dirigir!

terça-feira, 22 de maio de 2018

A grande inimiga da gratidão

Ser grato é ter consciência a respeito de todos os privilégios de que gozamos, entender que nada nos devido, nem está definitivamente ganho. Se essa conscientização fosse permanente a vida seria transformada em um eterno maravilhar-se. Mas apesar de todos os nossos privilégios, muitas vezes não conseguimos lembrar a sorte que temos de podermos aproveita-los. A adaptação hedonista é responsável por isso, grande inimiga da gratidão, a adaptação hedonista é como um mecanismo de adaptação que faz com que, quando acontece alguma coisa conosco, nós nos adaptemos, nos acostumamos a ponto de não prestamos mais atenção nela. A adaptação hedonista abranda a felicidade e a satisfação após um acontecimento positivo ou melhoria. O que é necessário para não esquecer que a vida está repleta de privilégios? Aceitar e reconhecer o justo valor dos pequenos inconvenientes, preocupações e outros aborrecimentos que lhe acomete, pois ele têm a virtude de relembrar todos os privilégios de que desfrutamos normalmente. Se possível agradeça os pequenos incidentes: seja um aborrecimento no contexto familiar, um atraso para o trabalho, ou uma greve dos transportes públicos.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Chega de verificar o arquivo chamado passado

 Chega um dia em que percebemos que é preciso rasgar aquelas cartas recebidas e/ou até aquelas que redigimos e nunca tivemos coragem de entregar, cobrir com o corretivo o nome do (a) ex nos nossos cadernos e agendas, apagar o histórico de conversas nas redes sociais e excluir as fotos que estão juntos, as fotos enviadas ou as que salvamos para contemplar de vez em quando. É fácil desapegar? Não! de forma alguma. Quando há tantos sentimentos afáveis e que remetem boas lembranças e até uma certa esperança de retorno o processo é mais cruel, mais doloroso.

 Segundo a psicanálise somos hedonistas: valorizamos o prazer e evitamos o sofrimento a qualquer custo. Em questão de término, alguns terminam um relacionamento quando encontram outra pessoa ou situação que satisfaça mais, enquanto outros preferem não lidar com o fato de que o relacionamento terminou, que a outra pessoa resolveu dar uma rasteira e que o sentimento não era recíproco. E quando não há reciprocidade, nenhuma oração ou amarração amorosa traz o (a) ex de volta quem dirás manter uma caixa debaixo da cama ou dentro do armário chamada "arquivos do (a) meu ex". Ok, confesso que exagerei. 
Guardar lembranças é um jeito de evitar o desprazer de lidar com o término.  Só que superar um relacionamento não é apenas esquecer a pessoa e sim desapegar realmente. Remoer memórias do passado ou criar expectativas falsas só cria mais dor quando o relacionamento termina. 



sexta-feira, 18 de maio de 2018

Sobre recomeçar

É preciso coragem para recomeçar, e recomeçar consiste em refletir e modificar os pensamentos e as atitudes. Recomeçar consiste em não repetir os mesmos erros, mas agir com prudência e sabedoria. Recomeçar consiste em reciclar crenças fortalecedoras e utilizá-las nos momentos mais oportunos. Recomeçar consiste em reinventar-se, abrir-se ao novo, contemplar o belo e agradecer por cada evento e pessoa que surgem nas nossas vidas. Recomeçar consiste em re-acreditar em si mesmo e a amar-se como se não houvesse amanhã. Recomeçar é dar uma chance a si mesmo...

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Nada lhe é devido!




Não é sobre tudo que o seu dinheiro

É capaz de comprar
E sim sobre cada momento
Sorriso a se compartilhar
Também não é sobre correr
Contra o tempo pra ter sempre mais
Porque quando menos se espera
A vida já ficou pra trás 🎵



Em uma sociedade capitalista como a nossa, consideramos muitas coisas sob o ângulo comercial e lucrativo: compramos, vendemos, trocamos. Podemos até pensar que a partir do momento em que pagamos por alguma coisa, ela nos é devida. Mas isso é um erro! O dinheiro é um suporte simbólico, não tem valor em si. É apenas um meio simples para facilitar as trocas. E, no fundo, não é o dinheiro que possibilita as trocas, mas sim a boa vontade e o acordo das pessoas que estão negociando... Mesmo pagando devemos ser gratos! Por trás de cada troca, ganhamos um trabalho de brinde... Vamos pensar como seria um mundo em que o dinheiro não tivesse mais valor. Como seriam feitas as trocas? Que lugar a gratidão ocuparia? Eu penso que haveria trocas de objetos, mantimentos e de favores, a maioria das pessoas seriam gratas e reconhecedoras do trabalho alheio. O dinheiro muitas vezes é um estraga-prazer da gratidão. Temos sorte em nos beneficiar do trabalho de outros, penso que deveríamos agradecer quando pagamos por algo. Principalmente por pagarmos! E sempre lembrarmos que é impossível comprar o que realmente importa na vida: amor, amizade, saúde, etc. 


Que tal se dar ao luxo de ser grato?


quarta-feira, 16 de maio de 2018

Que sorte você tem!

Gosto dessa definição da palavra sorte: Acontecimento casual e favorável.
(Dicionário Michaelis, 2018)

Estive pensando o quanto nossas vidas estão repletas de privilégios. Muitas vezes tendemos a esquecermos este detalhe. Se refletirmos e listarmos todos os privilégios do qual nos beneficiamos não caberia em uma folha só. O primeiro privilégio é estar vivo. Devermos agradecer todo dia a Deus por existir. Temos sorte de ter relacionamentos interpessoais (família, cônjuge, namorado(a) ou paquera, amizades, professores, colegas de trabalho, vizinhos), pesquisadores, pensadores, artistas, esportistas, trabalhadores, que admiramos e de alguma forma nos revela novos horizontes e vêm melhorando nossa vida cotidiana. Temos sorte até de conhecer e conviver com as pessoas diferentes de nós, que gostam de fazer o que nos aborrece. (Leia-se desafetos rs). Temos sorte por existir tantas inovações que tornam a vida no século XXI mais agradável do que nunca: só pensar na internet seja banda larga ou wireless, no telefone celular, na medicina eficiente, que permitiu reduzir o risco de epidemias que antigamente eram devastadoras, cuidados paliativos, nos planos de saúde, etc. Não falei que são tantos os privilégios que temos? Que sorte a nossa hein? Vamos ser gratos?

A gratidão é um termo que engloba várias realidades aos olhos do mundo: maravilhar-se, apreciar a vida, enxergar o lado bom das coisas, tomar consciência da abundancia, agradecer a alguém, dar graças a Deus, ficar feliz com o que temos. É saborear as coisas, considerar que nada está ganho, dar um jeito de se virar com o que estiver à disposição, aproveitar o instante presente. 

- Sonja Lyubomirsky




segunda-feira, 14 de maio de 2018

Esquecer o passado

 Como esquecer o passado? Se o passado faz parte de nossa história de vida? Se é tão complicado convencer a alguém para esquecer o passado imagina convencer a si mesmo? A maioria de nós, seres humanos, gostamos de relembrar, repetir ou remoer o passado mesmo que inconscientemente. Eu sou assim. Gosto de reviver o passado, e mesmo que não admita quero que uma pessoa do passado venha me pedir desculpas, venha ao meu encontro para dizer que não consegue viver sem mim, que ainda me quer mesmo que eu não queira mais nada. Confesso que eu sentiria um prazer ao receber uma mensagem assim: "Eu percebi que te amo, mas agora você já está com outra pessoa", e eu responder "Sinto muito por você, mas já é tarde demais" (É pra soar com um quê de vingança mesmo). É uma de minhas fantasias. Adoro fantasiar, sonhar, inventar histórias ou/e idealizar demais. Defeito ou qualidade? gosto de pensar que se encaixa nessas duas alternativas, é bom e é ruim. Minha mãe diz que eu deveria escrever um livro ou militar por alguma causa, e eu gosto dessas duas possibilidades. Já pensei até no nome e gênero do livro e até imaginei a causa que irei defender. O problema de fantasiar demais é criar tantas expectativas em relação a algo, é agir da mesma maneira que as outras vezes, agir pouco ou não agir. E agir da mesma maneira é reviver e repetir o passado. Hoje uma amiga me alertou que eu preciso me libertar do passado e essa libertação envolve não repetir os mesmos erros, não agir e não ter os mesmos pensamentos de outrora, não fantasiar demais, não esperar respostas ou justificativas do passado ou do futuro. Basta cada dia o seu mal.


Obs.: O que minha amiga disse me impactou tanto que tive que modificar a minha postagem.

domingo, 13 de maio de 2018

Sentir a gratidão

 Dizer obrigado é uma questão de comunicação. Sentir gratidão envolve a dimensão afetiva e até espiritual. Sentir gratidão perante alguém ou algo é: um movimento para fora de nós mesmos; que nos leva em direção aos outros e ao mundo; uma onda que nos submerge e nos acalma ao mesmo tempo; um calor que irradia do nosso coração; um impulso da alma, que se conecta a algo superior; uma benéfica impressão de que as coisas são exatamente como elas deveriam ser e um desapego suave e natural.

 É tão gostoso sentir gratidão! Não é de se espantar que este estado de espirito esteja associado de maneira tão forte à felicidade ( comprovado por vários estudos realizados em psicologia positiva). Sinta gratidão a vontade!

 Quer saber um segredo para sentir gratidão sempre? Pegue uma folha de papel, faça duas colunas. Na primeira, anote tudo o que você tem atualmente, tudo aquilo que você pode desfrutar (saúde, família, emprego, um teto, etc.) e na segunda, escreva tudo o que você não tem ou não tem mais, mas gostaria de ter. Depois concentre-se na primeira coluna e releia-a lentamente. descreva como você se sente, quais emoções lhe invadem. Em seguida concentre-se na segunda coluna. releia-a lentamente. como você se sente? quais as emoções que lhe invadem? Qual a constatação após esse exercício? Percebeu que quando focalizamos nossa atenção no que possuímos e em todos os privilégios de que desfrutamos, experimentamos bem-estar e gratidão? Quando focalizamos nossa atenção no que não possuímos, no que perdemos ou no que os outros possuem enquanto nós não, experimentamos mal estar e tristeza? Ora, nossa atenção está sob nosso controle: somos nós que decidimos em que queremos prestar atenção.  Portanto, somos nós que temos o poder de decidir sentir gratidão - e isso a qualquer momento.

"A gratidão é uma impressão de êxtase que suscita a vontade de dar graças e saborear a vida."
 -Robert Emmons

sábado, 12 de maio de 2018

A quem entender

Ontem postei a seguinte frase no Facebook: "Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas, satisfazê-los. Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro." A cada dia me torno consciente de quão longe estou do entendimento sobre mim mesma, quem dirás eu entender totalmente o outro. A vida é um constante aprendizado, todo dia descubro mais sobre mim e sobre os outros e esse fato ao mesmo tempo que me encanta, me assusta. Me encanta pois penso quantas virtudes e vícios que eu e o outro possuímos que podem ser potencializados e amenizados, quanto conhecimento e experiências podemos compartilhar.  Me assusta pois cada vez que conheço a mim mesma e os outros, me cobro e sou cobrada a ter respostas e ter soluções rápidas para lidar com os problemas que surge após uma descoberta desagradável. Um exemplo disso é que descobrir o quanto não sei lidar com uma questão que está sendo apresentada esse mês. Uma pessoa que convivo tem uma outra forma de lidar com o mundo, de agir e isso tem me incomodado demais. Me incomoda porque é algo que deveria ser combinado entre nós e não está sendo assim. Penso eu que tenho direito de me manifestar só que eu não sei as palavras para dizer, eu não sei por onde começar e como irei findar o assunto. E se a pessoa não me entender? e se gerar um conflito? São perguntas que eu faço para mim mesma. Aos poucos eu venho tentando me desvencilhar desses pensamentos que me paralisam e ser autêntica e sincera custe o que custar. E a pessoa terá o direito de dizer o que pensa, e até não querer ceder a minha proposta. O importante é ser franco e assertivo. Haverá chateações? Sim, mas teremos que lidar com elas internamente, cada uma a sua maneira. Com a esperança de que no dia ou na semana seguinte estejamos "de bem", rindo e conversando sobre qualquer assunto.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Arrisque-se sempre



Arrisque-se e viva fora da caixa. Pode ser que doa, mas, provavelmente, também renderá gargalhadas e boas histórias. Arriscar-se e ir atrás do novo é bastante empolgante, enriquecedor, pois ter novos conhecimentos, ideias e atitudes é imprescindível para o crescimento em todas as áreas. Penso que quanto mais aprendemos, mais nos tornamos criativos, ousados e determinados. Ampliamos nossos horizontes, concluímos objetivos e conhecemos pessoas que nos auxiliarão e que serão auxiliadas por nós, e, isso implica ser sensato, ser congruente e ser empático. Não há como conviver em par ou grupos sem essas qualidades. Busque novas experiencias seja estas participar de um curso, mas,  frequentar a academia, ir ao bar que abriu na esquina, redigir uma carta para um amigo(a) ou ler um livro de um autor que você não escolheria. O importante é sair da zona de conforto e conhecer novas possibilidades.

terça-feira, 8 de maio de 2018

O diário de contentamento

Retomei a prática de redigir um diário de contentamento. Ano passado quando adquirir o caderno de exercício de gratidão eu estava passando por um período de instabilidade emocional e tristeza. Durante muito tempo eu tinha criado uma expectativa em relação a uma determinada pessoa, projetei meus pensamentos, desejos e sentimentos nessa pessoa e por muitas vezes estive perdida entre o que era real e o que eu inventava. Ai um dia recebi uma notícia que na época foi muito triste para mim, e  então, nada ao redor mais me interessava, eu só queria conquistar o que eu tinha perdido, o que tinha ido embora por minha culpa (assim eu pensava). Estava me sentindo tão infeliz, tão desvalorizada e injustiçada que não estava consciente de tanta coisa boa estava me acontecendo e que viria a acontecer! Ai comecei a redigir o diário, e na primeira página eu anotei que viajei para Sergipe, conheci Aracaju a capital do Estado, caminhei na orla de Atalaia (muito linda), visitei uma feira local e tantas outras ações que hoje me alegro de ter vivido e tido. Ter um diário de contentamento foi importante pois percebi que eu poderia estar me orgulhando, aproveitando e sendo grata a ações que eu tinha realizado, mesmo modestas. É como um excelente antídoto contra a autocrítica, pois ampliou a tolerância para comigo mesma, repensei que os outros não são os únicos que merecem meu reconhecimento e que eu poderia expressar gratidão para comigo mesma, que eu poderia me permitir a ser e estar contente em qualquer lugar! A frase se queres ser bem servido, serve-te a ti mesmo é bem real. Indico a quem ler que arranje e mantenha em dia um diário de contentamento, liste nele as atitudes diárias que possam lhe dar orgulho, verás o quanto é maravilhoso esse exercício!


segunda-feira, 7 de maio de 2018

Quanto tempo mais irei resistir?

A frase "Aquilo que você resiste, persiste" atribuída a Jung é muito pertinente a minha situação atual. Parece que quanto mais eu tento esquivar do problema ele me persegue.  Percebo que quanto mais eu tenho esquecer, eu lembro. Quanto mais eu tenho não falar sobre, mais o assunto aparece. E eu sobrevivo assim, nesse ciclo de resistir, procrastinar, não dizer o que é preciso, não resolver, não mudar. Vou vivendo sobre e sob o sobrenatural à todo instante, quantos sinais o Universo tem me dado? quantas oportunidades tem surgido? quantas formas de me manifestar? E eu admito que tenho perdido essas oportunidades por medo de arriscar, por medo do ataque. Eu tenho fé que tudo melhore, mas não estou agindo, não estou falando do que me incomoda e isso é desagradável demais. Tento agir com naturalidade mas não consigo, a saudade de viver como antes (no meu conforto, na minha privacidade) tem me impedido de naturalizar e aceitar novas atitudes, novos ambientes. E nisso meus sentimentos de insatisfação são aflorados: tristeza, mágoa, raiva, desgosto e desprazer. Quero fugir, mesmo sabendo que fugir e não admitir que existe um problema, é claro, não vai resolver o meu problema. O problema vai permanecer e talvez até piorar com o tempo. No melhor dos casos, continuará com igual intensidade. Disso eu tenho medo...  Ultimamente carrego um misto de medo, ansiedade e saudade. Saudade de me sentir segura, de estar confortável, de dormir e acordar sorrindo...

sábado, 5 de maio de 2018

Falar ou não? Eis o conflito.

A vida me pregou mais uma peça, e eu não estou sabendo como lidar com isso. E tem a ver com falar do que incomoda. Nisso eu refleti: há tantas frases inspiracionais na internet "Fale do que sente, senão você adoece" "Diga sempre tudo que precisa dizer" etc. Tantos cursos de oratória disponíveis, tantas palestras e vídeos que nos ensina a falar para e com os outros. Confesso que eu já estava confiante em relação a falar tudo o que sinto e o que penso, afinal é só abrir a boca e começar a falar não é? mas isso não é sempre tão fácil assim. Falar o que sente implica em ouvir o que o outro também sente, e nesse ciclo, chateações e conflitos aparecerão. E é esses conflitos que me trazem medo. Especifico: eu estou bastante chateada com uma situação em casa e não sei como agir diante desta. Sei o que dizer mas não sei como dizer. Como falar sem que a pessoa se chateie ou até me diga que estou sendo egoísta? esse é meu dilema. E pior que não consigo disfarçar minha insatisfação, minha expressão facial me denuncia e eu busco me distanciar para evitar confusão e o problema continua presente. Há um momento que não consigo aceitar os fatos e exponho meu incômodo só que muitas vezes digo mais que necessário e de forma grosseira, explodo sabe e aí não consigo fugir do conflito que surge depois disso. E se antes eu tivesse dito o que me incomodasse? É algo que penso sempre. Redigindo esse texto lembro de quando eu era adolescente e quando ia dizer o que sentia e o que me incomodava e ninguém dava tanta importância,e eu que precisava respeitar e tolerar a situação. E assim fui aprendendo a me silenciar e me esquivar de situações que gerassem conflitos até o dia que eu não aguentasse conviver com tanto desconforto... Reflexão: nos cobram que sejamos francos em relação a sentimentos e opiniões mas alguns se incomodam e agem com agressividade quando dizemos algo. Pior quando demonstram uma falsa preocupação ou falsa compreensão ai dizem "me desculpe, vou mudar de atitude", "vamos tentar mudar isso", "isso não vai acontecer novamente". E o que incomoda continua explícito, não há mudança alguma. E ai falar ou não?

sexta-feira, 4 de maio de 2018

As influências marcantes

Somos quem somos graças às pessoas que conviveram conosco e que nos acompanharam, influenciaram e marcaram. Já dizia Vygotsky: através dos outros nos tornamos nós mesmos. Sem a ajuda dos outros não estaríamos vivos (um bebê sozinho não sobrevive), não teríamos nenhuma cultura (uma criança sozinha não aprende a falar) etc.
Assim resolvi reservar um momento para identificar as pessoas marcantes em minha vida, as quais me proporcionaram ser o que sou hoje. Deus, o Universo, meus pais e irmãos, os familiares presentes e preocupados, os amigos que adquiri aos longos dos meus 23 anos, os relacionamentos afetivos, os professores pacientes e dedicados, meus colegas de trabalho, meus vizinhos solidários, artistas que admiro e autores que me inspiram, com ideias que me marcam e tem o poder de modificar minha vida. Me sinto agraciada por todas as pessoas que conheci até hoje e as que conhecerei em breve, tudo que vivi até hoje seja os bons momentos repletos de alegria ou as situações em que me entristeci, me decepcionei.. Acredito que todos esses acontecimentos foram para o meu fortalecimento. 

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Chega de dúvidas

Possuo muitas dúvidas (quem não tem?) e quero me livrar de algumas delas. Acredita que até duvido que sou uma pessoa desacreditada? Pois bem, na maior parte do tempo gosto de pensar que sou uma pessoa que busca respostas. Deve ser meu gosto pelas certezas, por saber onde e como estou pisando. Procuro por soluções, oro, pesquiso, leio e releio textos, assisto vídeos, ouço pessoas que passam ou passaram pela mesma situação que eu. Hoje prefiro falas e atitudes assertivas por conta de um grande estresse de um caso passado. Havia um sentimento singelo e mútuo? Sim, mas a instabilidade, a covardia e a deficiência em dialogar para colocar o ponto no I foram prejudiciais. Não admitíamos porque era confortável e vantajoso não resolver nada. Sem uma conversa séria nos protegíamos das cobranças, do ataque e dos conflitos que podiam surgir. Só que a crise que eu mais temia surgiu de uma forma que eu não imaginava e que me causou tanta dor.
Como não dei um basta antes de ter passado por tanto estresse, sofrimento e desesperança?  Sou grata porque com esse golpe duro na alma eu comecei a questionar meus posicionamentos e resolvi modificar.
E hoje eu prefiro a firmeza, a congruência, e a franqueza. Prefiro o diálogo para resolução dos problemas. Sem fugir ou me esquivar. Tenho me esforçado para dizer o que penso e o que sinto, e ouvir o que os outros pensam e sentem.  E se algum momento existir alguma dúvida eu tenha a sensatez de perguntar: você me entendeu direito ou será que eu te entendi direito?