quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Um recorte sobre o que eu sou hoje

Tenho 23 anos e vivo a pensar o quanto mudei nesse início da fase adulta, e sei que preciso mudar mais. Tenho qualidades assim como inúmeros defeitos, e todo dia lido com estes. Lidar com minha procrastinação e ansiedade, aprendendo a selecionar e investir no que realmente importa. Estou aprendendo a dizer não, impor minha opinião sem ofender o outro e a ser seletiva com amizades. Já não quero ser o que não sou para agradar a terceiros. Tenho aprendido a demonstrar o que quero, a ser mais assertiva e confiante. Hoje me sinto mais segura em relação ao que sou, diferentemente de quando eu era adolescente, que eu procurava me encaixar em espaços, que eu precisava me omitir para não gerar conflito, para não ser diferente. Hoje aprendi que divergir em opinião é essencial, ainda mais quando a opinião preconceituosa e discriminatória. Tenho aprendido a ser mais ativa. A ser quem eu sou. Defensora de Causas.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Uma reflexão sobre relações

Uma questão me incomoda bastante e quero compartilhar com vocês: percebo que hoje não consigo estar com amizades de outrora. Não me compreendam mal, longe de mim ser arrogante ou soberba, entendo que cada ser humano tem sua história de vida, suas particularidades, e, não quero de maneira nenhuma mudar as pessoas a minha volta.

O que tem me incomodado, e eu creio que preciso de alguns anos de análise para lidar com isso, é lidar e ter que sair com amigos/as com visão preconceituosa de muitos casos... amigos que não conseguem pensar que as pessoas são e agem diferentes, que não conseguem respeitar as singularidades dos outros, amigos que sempre "acham". Confesso que tenho me afastado muito de amizades por conta de sofrimento psíquico que já tive por conta de comentários sobre mim e sobre os outros.Desde que comecei a refletir sobre isso pensei que estava exagerando, que era só uma desculpa para não sair mesmo e escolher passar a noite assistindo filmes e séries, ler um livro ou estar conectado nas redes sociais. Mas ai lembrei das falas carregadas de preconceito e intolerância contra religiões do outro, profissões e as escolhas do outro, e pasmem preconceitos sobre etnia, classe social e deficiência. 

Isso me entristece muito, e é trabalhoso lidar com isso. Diversas vezes debati isso com minha mãe, irmão e amigos que diziam ter esse mesmo sentimento. Pessoas mais velhas me disseram que é normal isso acontecer no inicio da fase adulta já que percebemos que não somos mais adolescentes tentando se encaixar em um grupo e concordar com as mesmas coisas. E com isso há esses conflitos. percebemos que nossos amigos não pensam do mesmo jeito em algumas coisas, muitas das vezes fúteis. Mas ainda há afeto, ainda queremos estar com eles. O problema é quando ideias entram em conflito e as duas partes não entram em consenso, quando a fala do outro é desmerecida, quando há falta de respeito disfarçado de minha opinião. E não consigo lidar com isso. Falo uma, falo duas e prefiro me afastar... Me pergunto se essa seria a melhor opção.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

A vida e suas surpresas

Sobre a vida: tão surpreendente e breve. Essa é a reflexão de hoje. 


Quinta foi meu ultimo dia no trabalho. Cumpri meu aviso prévio trabalhado com o coração apertado por estar me afastando do pessoal do meu trabalho mas tranquila por estar em busca de uma nova fase: me dedicar aos estudos. Vou estudar de manhã, tarde e noite... Eu só tenho a agradecer a Deus e o Universo por ter trabalhado naquele lugar. Meu período de trabalho seria de 3 meses, mas completei 2 anos e 4 meses nesse último dia 19. Posso dizer que trabalhei como se fosse para sempre, aprendi muito com meus colegas de trabalho, criei vínculos e utilizei o salário para realizar alguns sonhos e projetos. 

Enquanto me despedia dos meus colegas (alguns pessoalmente e outros pelo WhatsApp) que insistiam que eu iria voltar de alguma forma eu agradecia pelo carinho e preocupação sempre dizendo: quem sabe se eu volto? A vida é cheia de surpresas e a única certeza que temos é do fim dela.

 Embora clichê essa última frase é tão verdadeira e não tem prazo de validade, creio que será perpassada de gerações a gerações. A vida essa sim tem prazo de validade, mas não sabemos quando expira. É um mistério.

Enquanto isso vamos viver aproveitando as oportunidades que nos aparecem, conhecendo as pessoas, respeitando e aceitando as singularidades delas, sendo grato por tudo.





quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Sobre falar o que sente

"Fale do que te entristece. O que fica trancado, adoece."

Hoje concordo totalmente com essa frase e tento viver a prática de dizer o que sinto e o que penso. Alguns podem pensar "nossa, como é alguém como você tão simpática e sempre falante não consegue falar o que pensa e o que sente?" ou então "hoje em dia todos sabem falar de si mas não sabem ouvir o outro." Deixa eu dizer: falar sobre sentimentos era e ainda é complicado para mim. E para muitos outros sujeitos, acredite. Seja por medo de ofender e magoar o outro, falar de seus anseios e sentimentos e o outro não agir com reciprocidade e empatia. Medo de não corresponder as expectativas do outro ou do sentimento é reação que o outro terá após você se expor. Medo de ser ridicularizado, criticado e humilhado. Claro que também tem o lado bom de não se expor pois evita passar por tudo que citei acima. É confortável viver assim. 

Porém isso paralisa e traz problemas, sofrimentos e dores. Problemas de comunicação em uma relação afetiva, profissional e acadêmica são frequentes por conta de não conseguir se impor e expor.   Falar sobre quem é e o que tem é super fácil.  A questão é dizer o que aflige, as inseguranças, e até sobre afeto. Exemplo disso que é complicado falar de amor quando já foi decepcionado diversas vezes. Sabe essas pessoas que dizem "eu te amo" com facilidade? Outras pessoas perguntam se algum dia conseguirá dizer. E vai recompensando com atitudes como escutar e compreender o outro ou então é preferível se isolar. Suas pernas treme quando precisa pedir liberação ao chefe para ir ao medico ou curso? Propor um novo plano de ação para um grupo é algo impossível para você?  Você se identifica com esse texto? Então, reconhecer que esses sentimentos de vergonha, responsabilidade e culpa precisam ser repensados é o primeiro passo para falar do que sente. Tente isso.  


Minha vivência: precisei ter consciência desses sentimentos de vergonha e expectativa que me causava tanta aflição. Eu também pensava que dizer não era algo péssimo, hoje descobrir que tenho direito de dizer não quando eu não querer e não poder. Estou dizendo o que penso claro sem a intenção de ferir a mim principalmente e ao outro. Tenho aprendido a ser vulnerável, tenho aprendido a ser acessível e grata.


segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

O que eu desejo

Não me conformar. Esta é uma das minhas metas em 2018. Quero obter conhecimento de mim e do mundo externo. Quero estabelecer planos e cumpri-los. Quero verificar quais são as barreiras que me impedem de conquistar o que desejo, e ultrapassa-las. Quero livrar-me de preconceitos e crenças limitantes, entender e respeitar a mim mesma e aos outros. Ter empatia e sensibilidade para entender o outro.

O que aprendi com o tempo

O tempo não para. Concordo 100% com essa frase. Refleti essa semana sobre o tempo, sobre o quanto ele nos traz respostas para nossas perguntas, o quanto precisamos dele para resolvermos nossas questões existenciais. Lembro que quando eu era adolescente costumava pensar que meus desejos seriam realizados de acordo com minha vontade. Pensava eu, que quando eu chegasse na vida adulta tudo seria diferente. E é. Mas não tão fantasioso como pensei a 9 anos atrás. E que bom que não é. Com o passar do tempo, observei que a vida nos oferece várias possibilidades, oportunidade de buscar rumos melhores e conhecimento. O tempo de fantasiar é maravilhoso e superconfortável, mas hoje eu prefiro o tempo de empreender.  O tempo de decepções e o tempo de odiar é bom (sério) porque assim notamos que nossos amigos tem defeitos e nossos desafetos possuem qualidades, e assim aprendemos a lidar com o ser humano e com nós mesmos. Aprendi muito com as decepções e tristezas que vivi. Aprendi que não posso modificar uma pessoa, mas posso olhar-la de forma humana e compreender-la e respeita-la. Mesmo que eu não aceite. Aprendi que não posso exigir que uma pessoa seja como eu quero pois eu mesma nem sou o que quero. Aprendi isso com o tempo. Que sempre nos surpreende.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Sobre 2017: Um ano de transações e transições

11 de Fevereiro de 2018. Há 5 meses eu publiquei a última postagem neste blog. Não irei  culpar as obrigações do trabalho e da faculdade, mas também minha procrastinação. Aliás esse foi o assunto da postagem de setembro de 2017. Já informo: vou usar post it e ajustar no celular um horário para me lembrar de publicar algo por aqui.

Então, como estamos em um ano novo, pleno carnaval (para alguns o ano começa depois do carnaval) refletir sobre o ano de 2017. Conquistei alguns objetivos, conheci pessoas que contribuíram de alguma forma para meu crescimento em todas as áreas em minha vida, viajei e conheci lugares novos, me divertir muito, trabalhei e estudei o quanto foi necessário.

2017 também foi um ano em que as minhas expectativas se baseavam em um avanço numa determinada situação que eu queria que acontecesse a anos,  só o que ocorreu foi totalmente o oposto. Me decepcionei muito, porém não me conformei e quis a todo custo tentar viver o que sempre sonhei. Sabe as cincos fases do luto descritas por Elisabeth Kubler-Ros? vivenciei todas. E então fim de ano veio o processo de aceitação, de aceitar a perda com paz e serenidade. Um ano novo chegando e seria uma espécie de masoquismo continuar com esse sofrimento de perda. E assim janeiro chegou e as perguntas feitas por mim na fase da negação, raiva e tristeza foram respondidas. Me espantei bastante, pois nada ficou encoberto!


Qual o meu sentimento sobre 2017: Gratidão!
Gratidão pelas transações e transições ocorridas, gratidão pelo aprendizado obtido.